terça-feira, 20 de maio de 2008

A Bolívia ameaça estatizar definitivamente a exploração de gás

Ogoverno de Evo Morales na Bolívia, que está explicitamente sendo hostilizado pelas
oligarquias nativas mancomunadas com o imperialismo estadunidense, resolveu também radicalizar e ameaça agora estatizar as empresas petrolíferas multinacionais que já tinham sido nacionalizadas (transformaram-se em sócias minoritárias da YPFB). A radicalização das ações revolucionárias é um fato historicamente freqüente principalmente na América Latina e mostra apenas que se um dirigente (ou seu governo) não o fizer, será inevitavelmente engolido pela reação e até mesmo apeado do poder.
A chegada pela via democrática de líderes com posturas antineoliberais e antiimperialistas na América Latina é um fato real. Isso está deixando as forças conservadoras inquietas, agitadas. Essas fazem de tudo derrubar tais governos. Mas os governos já estão sabendo como agir e usam como antídoto o processo da mobilização popular e o acirramento ideológico. Assim ocorreu com a revolução bolivariana da Venezuela que começou com um discurso nacionalista meio tímido, progrediu depois para um caráter bolivariano (nacionalismo mais radical) e depois assumiu claramente uma posição em defesa do socialismo (principalmente depois do referendo revocatório de 2004) .
Assim está ocorrendo do Equador em que o Sr. Rafael Correa apresentou um discurso nacionalista e a cada dia que passa evolui para uma postura socialista e antiimperialista (principalmente depois da invasão de seu território por forças militares colombianas em articulação com os Estados Unidos). E agora a vez é da Bolívia!
No mês de agosto haverá na Bolívia um referendo revocatório do mandato de Evo Morales...Caso ele vença ( o que é muito provável acontecer) não será incorreto inferir a conclusão que o regime lá instalado se tornará mais radical.

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