quinta-feira, 29 de maio de 2008

Evo Morales

Evo Morales : O problema é o capitalismo

Se os povos latino-americanos querem acabar com a pobreza, a exclusão e a poluição ambiental, têm que acabar com o neo-liberalismo e o capitalismo, advertiu aquí o Presidente Evo Morales.

O governante definiu essa posição numa concorrida concentração popular de encerramento da Cúpula Social realizada paralelamente à reunião euro-latino americana de governantes, que se converteu em um ato de solidariedade à Bolívia, frente aos esforços desestabilizadores dos setores de direita.

Para acabar com os problemas citados e conseguir a justiça, deve-se acabar com o modelo neo-liberal e com o capitalismo, assinalou Evo Morales, em alusão aos temas da V Cúpula América Latina e Caribe - União Européia (ALC-UE), à qual assistiu ontem na capital peruana.

Para ele, as organizações sindicais e os partidos de esquerda devem unir-se, e o povo deve organizar-se para alcançar sua libertação, com honestidade, transparência e trabalho de base, assim como esforço e determinação nesta tarefa.

Morales se refiriu também às negociações de um Acordo de Associação entre a Comunidade Andina de Nações (CAN) e a União Européia (UE), tema muito falado na cúpula oficial.

Assinalou que seu governo está disposto a negociar muitas coisas, porém não o saque dos recursos bolivianos e nem a privatização dos serviços básicos, que são parte dos direitos humanos.

O líder indígena lamentou que alguns presidentes estejam dispostos a essa privatização e, até mesmo, a permitir que as transnacionais patenteiem a biodiversidade de seus países, o que não ocorrerá na Bolívia.

O discurso de Morales foi reiteradamente ovacionado pela massa concentrada na central Praça Dois de Maio, principalmente quando saudou o líder cubano Fidel Castro.

Morales se referiu, por outra parte, à conspiração de algumas famílias e grupos econômicos que pretendem dividir a Bolívia, conspirar, agredir e provocar com o apoio dos Estados Unidos, a fim de derrubar seu governo, mas que fracassarão, pois o processo boliviano não tem retorno.

Fonte: Prensa Latina

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