quinta-feira, 29 de maio de 2008

MARXISMO - FORMAR PARA NÃO DEFORMAR

IDEOLOGIA

Foi Karl Marx quem formulou a mais completa teoria sobre a origem e o papel da ideologia nas diversas formas de organização social. Para Marx, ideologia é um conjunto de idéias, conceitos e comportamentos prevalecentes numa sociedade e que correspondem aos interesses de uma classe social dominante, embora não obrigatoriamente professado por todos os seus membros. A ideologia decorre da posição que determinada classe ocupa num modo de produção historicamente determinado. Todo sistema de idéias se cria em relação estreita com circunstâncias históricas, econômicas ou sociais, numa interação dialética. As condições da realidade determinam certo tipo de pensamento, e esse pensamento age sobre ela, modificando-a. Como a realidade se modifica continuamente, as ideologias também desaparecem e dão lugar a novos corpos doutrinários. As obras de Marx e Engels “A ideologia alemã”, “A sagrada família, Miséria da Filosofia”, “Teses sobre Feuerbach”, “Prefácio da Contribuição à Crítica da Economia Política” e “O 18 brumário de Luís Bonaparte” esclarecem o enfoque marxista da ideologia.

A ideologia de uma sociedade socialista é a ideologia do proletariado, a classe operária no poder, devendo ser fundamentada nos princípios da teoria do materialismo científico e do método dialético, objetivando alcançar a sociedade comunista sem classes sociais, entretanto, numa sociedade capitalista, a classe proletária está subjugada à ideologia burguesa.

Enfim, numa sociedade de classes, a ideologia da sociedade é a ideologia da classe dominante.

SENSO COMUM

O senso comum é o conjunto de opiniões e valores (conhecimento vulgar) da maioria das pessoas de uma certa cultura. Ela varia com o tempo e com a região. O que é senso comum hoje (por exemplo, que as mulheres têm ou deveriam ter os mesmos direitos que os homens), não era senso comum há séculos atrás. O que é senso comum na Europa, não é senso comum na China. Uma das funções da filosofia é ser critica (despertar o crítico e busca da verdade) quanto ao senso comum. A filosofia tem de questionar coisas que parecem ser evidentes para o senso comum. A existência de Deus, por exemplo, foi, por muito tempo, senso comum. A filosofia mostrou que não é tão evidente assim que existe um Deus. Alguns acreditam, outros não.

ALIENAÇÃO

Em Marx, encontramos a alienação sendo o processo pelo qual o trabalhador, desapropriado dos seus instrumentos de trabalho, perde a noção (se distancia) do produto final a que sua força de trabalho se dirige.

O trabalhador, neste caso, tem apenas os conhecimentos técnicos e restritos apenas para realizar uma etapa particularizada do produto final. Assim, há uma priorização da técnica em detrimento da consciência e do reconhecimento daquilo que se faz.

A alienação é o estranhamento do trabalhador com o produto do seu trabalho, algo típico da mudança do modo de produção pela revolução industrial. O trabalhador perde o contato e o controle com o produto final de seu trabalho.

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