Grandes partidos têm menos candidatos que em 2004
Dos seis maiores partidos brasileiros, apenas o PMDB lançou na eleição de outubro um número maior de candidatos que o da eleição municipal passada, em 2004. Os outros cinco estão lançando menos candidatos a prefeito, a vice e a vereador, conforme a totalização do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) até a noite desta terça-feira (22). Veja e click no quadro, partido por partido.
Fonte: TSE
O Tribunal informa que ''os números ainda podem ser alterados pela inserção de dados pelos cartórios eleitorais'', porém não devem ocorrer grandes mudanças. A tabela ao lado mostra que a redução atingiu desde o PT, que teve uma quebra de 9,4% das candidaturas (na soma dos três cargos) até o PSDB, com quebra de 4,9%, e pior ainda o PFL, com redução de 18,3%.
Oposicionistas têm menos candidatos
Sempre tomando como base a soma dos candidatos aos três cargos, 11 dos 27 partidos existentes tiveram aumento no número de candidaturas. Outras 14 legendas apresentaram redução.
O PRB e o PSOL não podem ser incluídos na contagem, pois foram registradas no intervalo entre as duas eleições. Ambas as siglas registraram candidatos a prefeito e vice dentro do padrão das siglas de porte intermediário. Mas no caso das candidaturas a vereador as candidaturas do PSOL são sensivelmente menos numerosas.
Entre os partidos médios e pequenos, não há uma tendência uniforme. Às vezes, uma mesma sigla elevou o número de candidatos a prefeito e reduziu suas chapas para vereador, ou viceversa.
As siglas da base de apoio ao governo Lula mostram os mais diferentes comportamentos. Já as da oposição apresentaram todas uma quebra do número de candidatos. O recuo do PPS foi ainda mais nítido que o do PFL, de 21,3% no total. Os pequenos partidos de ''oposição pela esquerda'', PSTU e o PCO, foram os que tiveram maior queda de candidaturas. Em média, três candidaturas por cidade
Quatro partidos elevaram em mais de 20% o número de candidatos aos três cargos em disputa: PSB, PV, PCdoB e PCB tiveram os maiores aumentos em números absolutos: mais de 3 mil candidatos a mais que em 2004. Em termos relativos, sobressaem o PCB, com aumento de 73,2%, e o PCdoB, com crescimento de 70,4%. Em média, três concorrentes por prefeitura.
Na soma de todas as siglas concorrentes, houve um aumento de 2,5% no número de candidatos a vereador; e uma redução da mesma ordem nas candidaturas a prefeito e vice. Provavelmente, a queda indica uma maior tendência à prática de coligações. Em média, haverá em outubro pouco menos de três candidatos concorrendo a cada prefeitura; este número tende a subir nas cidades maiores, chegando a 11 nas metrópoles de São Paulo e Rio de Janeiro; mas em pequenos municípios pode se haver uma só candidatura: é o caso da cidade de Brejões, 11 mil eleitores, na região baiana de Jequié, onde o agricultor Alan Santos, do PCdoB, é o único candidato a prefeito.
O número de candidaturas não guarda uma relação necessária com as chances eleitorais de cada partido. Um maior número de candidatos nem sempre conduz a um maior número de vitórias, e há grandes disparidades de peso político entre os 5.567 municípios que irão às urnas em outubro.
Com informações do TSE.
"Eles eram poucos e nem puderam cantar muito alto a Internacional naquela casa de Niterói em 1922. Mas cantaram e fundaram o Partido(...)O PCB não se tornou o maior partido do Ocidente, nem mesmo do Brasil. Mas quem contar a história de nosso povo e seus heróis tem que falar dele. Ou estará mentindo." (Ferreira Gullar)
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